domingo, 8 de novembro de 2009

Reflexão sobre Ameaças à Biodiversidade










A história do nosso Planeta regista vários períodos de extinção em massa de algumas espécies,como por exemplo os dinossauros ;esta extinção amplamente contada é uma das mais conhecidas :talvez pela sua dimensão e certamente pelas estórias que têm sido contada em que são protagonistas.
Mas á data de hoje deparamo-nos com o desaparecimento acelerado de milhares de espécies de plantas e animais e o mais preocupante é isto acontecer em consequência da acção humana…falamos de captura ilegal de vários tipos de espécies,destruição de habitats,alterações climáticas… como também é preocupante,sabermos que o Homem enquanto elemento integrante é afectado por esta questão e ainda não ter tomado medidas mais eficazes e rápidas para sanar este problema.

"Estamos a experimentar a maior onda de extinções de espécies depois do desaparecimento dos dinossauros. A cada hora, três espécies desaparecem.
A cada dia que passa, extinguem-se mais de 150 espécies. A cada ano, entre 18 mil e 55 mil espécies desaparecem do mundo", sublinha Ahmed Djoghlaf: secretário executivo da Convenção para a Diversidade Biológica da ONU,

Apesar de estudos efectuados na identificação e catalogação existem espécies que desaparecem antes de sabermos que elas existem.
Os territórios mais ameaçados são também aqueles que pela sua natureza contêm maior número de espécies, funcionando como “hotspots” para a conservação e estudo da biodiversidade mundial; são exemplo disso os grandes lagos africanos e os espaços naturais classificados, onde se acumulam em 5% do território cerca de 20% das espécies globais. Nos lagos e rios concentram-se 40% das reservas de peixe e 20% dos vertebrados, ou seja, um quarto da biodiversidade encontra-se em 0,01% da água potável do planeta. A destruição das zonas húmidas, cerca de metade no século passado e os fenómenos de degradação de parques e reservas naturais fazem destes locais uma zona de desastre eminente quando até aqui pareciam funcionar como santuário e reservatório.
A organização Conservation International, sediada em Washington DC, identificou um conjunto de áreas fundamentais para a conservação da biodiversidade do planeta. Estas áreas, denominadas de "hotspots" de biodiversidade, ocupam apenas 1.4% da superfície da Terra mas representam um total de 44% das plantas vasculares e 35% dos vertebrados (Myers,2000).
É considerada “ Hotspot “uma área com pelo menos 1.500 espécies endêmicas de plantas e que tenha perdido mais de 3/4 de sua vegetação original.
Factores indirectos de carácter antropogénico são referidos no Millenium Ecosystem Assessment (MA) como importantes na mudança dos padrões globais da biodiversidade;podemos indicar,p.e. factores sócio - politicos,demográficos,económicos,culturais,religiosos, cientifico –tecnológicos,Como factores directos podemos referir ,p.e.a alteração do uso do solo, a alteração do curso dos rios, a extinção dos recifes de coral,a introdução de espécies invasoras, a sobre-exploração das espécies , a poluição.
As acções perante a opinião pública devem ser cada vez mais assertivas no sentido de explicarem que dependemos da preservação da biodiversidade para a nossa sobrevivência desde a qualidade da água doce,aos remédios,alimentação,qualidade do ar. Estamos num momento decisivo em que ainda podemos fazer alguma coisa por nós mesmos e pelos nossos descendentes.Podemos e devemos contribuir para a preservação dos ecossistemas.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade

A ENCNB (Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade) tem objectivos dentro dos quais se destacam a promoção da utilização sustentável dos recursos biológicos e a contribuição para parar a perda da Biodiversidade.

A ENCNB, para vigorar até ao ano 2010 assume três objectivos gerais:
1.conservar a Natureza e a diversidade biológica, incluindo os elementos notáveis da geologia, geomorfologia e paleontologia;

2. promover a utilização sustentável dos recursos biológicos;

3. contribuir para a prossecução dos objectivos visados pelos processos de cooperação internacional na área da conservação da Natureza em que Portugal está envolvido, em especial os objectivos definidos na Convenção sobre a Diversidade Biológica, aprovada para ratificação pelo Decreto n.º 21/93, de 29 de Junho, designadamente a conservação da biodiversidade, a utilização sustentável dos seus componentes e a partilha justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos.

Para a concretização destes objectivos, a ENCNB formula 10 opções estratégicas:

1) Promover a investigação científica e o conhecimento sobre o património natural, bem como a monitorização de espécies, habitats e ecossistemas;

2) Constituir a Rede Fundamental de Conservação da Natureza e o Sistema Nacional de Áreas Classificadas, integrando neste a Rede Nacional de Áreas Protegidas;

3) Promover a valorização das áreas protegidas e assegurar a conservação do seu património natural, cultural e social;

4) Assegurar a conservação e a valorização do património natural dos sítios e das zonas de protecção especial integrados no processo da Rede Natura 2000;

5) Desenvolver em todo o território nacional acções específicas de conservação e gestão de espécies e habitats, bem como de salvaguarda e valorização do património paisagístico e dos elementos notáveis do património geológico, geomorfológico e paleontológico;

6) Promover a integração da política de conservação da Natureza e do princípio da utilização sustentável dos recursos biológicos na política de ordenamento do território e nas diferentes políticas sectoriais;

7) Aperfeiçoar a articulação e a cooperação entre a administração central, regional e local;

8) Promover a educação e a formação em matéria de conservação da Natureza e da biodiversidade;

9) Assegurar a informação, sensibilização e participação do público, bem como mobilizar e incentivar a sociedade civil;

10) Intensificar a cooperação internacional.



in Resolução do Conselho de Ministros n.º 152/2001
DR 236 SÉRIE I-B , 11 de Outubro de 2001 , Presidência do Conselho de Ministros
pags 6425 a 6451

domingo, 1 de novembro de 2009

reflexão sobre o valor da biodiversidade

Não existe um conceito consensual e único para definição de Biodiversidade pois cada grupo social ou profissional que o utiliza e/ou interpreta avalia-o de um modo diferente e muito próprio .Segundo os ecólogos os ecossistemas alcançam maior estabilidade quanto maior for a diversidade no sistema ;as suas palavras chave são:riqueza e equitabilidade.Os conservacionistas valorizam o raro,o belo e o pouco habitual.Para os taxonomistas quanto maior o número de espécies por unidade de área,maior a probabilidade de assegurar uma elevada representação de caracteres genéticos.
Segundo o Artigo 2º da Convenção sobre a Biodiversidade (Rio de Janeiro 1992), esta significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo todos os ecossistemas e os complexos ecológicos de que fazem parte. A Biodiversidade inclui a totalidade dos recursos vivos, dos recursos genéticos e dos seus componentes.
Todos nós temos a percepção que muitas espécies estão extintas e outras a caminho disso e que na maioria das vezes a culpa é nossa.Tambem,e de forma intuitiva ,percebemos que ao sermos parte integrante da Natureza temos o dever (e a necessidade!) de a preservar. Ou seja ,hoje em dia conseguimos perceber que qualquer acção nossa ( positiva ou negativa )se repercute no ecossistema causando impactes (alguns previsíveis e outros ainda imprevisiveis) que provocam alterações profundas no Planeta comprometendo a biodiversidade.
Mas será que,de facto, o cidadão comum entende o verdadeiro significado da palavra “Biodiversidade”?
Será que entende que tudo isto é mais do que um mecanismo directo de causa -» efeito?
Será que entende o real valor da Biodiversidade?
Mesmo considerando que este problema deva ser resolvido por normas governamentais até que ponto estaria disposto a pagar por algo que não é verdadeiramente mensurável?
Como é que se pode quantificar economicamente os produtos resultantes da biodiversidade?
Quanto é que estaria disposto a pagar por usufruir de um ambiente sem poluição ?
Será que o cidadão comum considera pertinente ter de se pagar uma taxa para se usufruir de um belo passeio no campo onde cantam diferentes espécies de aves e se cheiram diferentes espécies de flores?
E se se chegar à conclusão que ,de facto,o cidadão até está disposto a pagar como definir o valor a pagar?Será que aquilo que tem valor económico é que despoleta o interesse em preservar?
Ana Cristina Ventura

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Corredores Ecológicos e a biodiversidade

O objectivo dos corredores ecológicos é permitir a deslocação de espécies animais (e a disseminação de espécies vegetais) entre manchas isoladas de ocorrências, onde a fragilidade demográfica poderia conduzir facilmente a extinções locais.Até 2000 eram poucas as provas científicas de que conseguiam ser eficazes na protecção das espécies da maior ameaça à sua sobrevivência: a fragmentação do habitat;mas entre 2000 e 2005 a bióloga norte-americana Ellen Damschen e mais quatro colegas da universidade do estado da Carolina do Norte estudaram o funcionamento destes corredores.Em 2006 foi publicado na revista "Science " o resultado do estudo efectuado por esta equipa :constataram que os habitats ligados entre si por corredores ecológicos tinham mais 20% de espécies de plantas do que aqueles que estão isolados.
As sardinhas que chegam aos pratos dos portugueses saem dos mares sem deixar um rasto de destruição
in jornal "O Público"
22.10.2009Ana Fernandes

Numa esplanada à beira-mar, escorrendo sobre um pão numa noitada de santos populares ou, até, num acampamento, a sardinha povoa o Verão dos portugueses e conforta os estômagos lusitanos desde o tempo dos romanos. O país é auto-suficiente neste apetite, capturando o que consome. Como? Da melhor maneira possível, vem agora dizer uma organização internacional que certifica aqueles que menos danos causam ao ambiente quando pescam.
Foi com esta certeza que os pescadores avançaram. "Sabíamos que havia fortes argumentos para que a pescaria fosse certificada", diz Humberto Jorge, da Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (Anopcerco). O segredo está na arte de pesca - o cerco. Porque esta ainda dá ao animal algumas hipóteses de dar à barbatana e escapar-se da armadilha.Depois de verificar que assim era, e que os pescadores portugueses não estavam a capturar mais do que podiam, nem a matar espécies apanhadas na armadilha, o Marine Stewdarship Council deu já indicações que a pesca de sardinha em Portugal irá ser certificada como sustentável.A ideia surgiu em finais de 2007, quando a Associação Nacional de In-dústria Conserveira e a Anopcerco decidiram avançar com a candidatura. Tudo porque muitos dos consumidores das conservas nacionais - sobretudo na Europa - estão cada vez mais sensibilizados para a destruição que a pesca pode causar nos oceanos.Por isso era importante provar que a pesca da sardinha não era depredadora. "A arte do cerco dá essa garantia", assegura Humberto Jorge. Quando detecta um cardume, a embarcação larga um outro barco mais pequeno que leva a ponta da rede, cercando o aglomerado de peixes. Depois, a rede começa a fechar-se, aprisionando os peixes no seu interior.Por que é que isto não é destrutivo? "Porque o cerco demora muito tempo, as sardinhas podem escapar-se pelo fundo e, além disso, basta uma corrente contrária ou a água espelhar a rede de forma a que os peixes a vejam para que a pesca falhe", responde Humberto Jorge. Ou seja, os animais têm uma hipótese, ao contrário do que acontece com outras artes, como o arrastão, que apanha tudo à sua passagem.A sua prática permite também que outros animais, como aves ou mamíferos, não sejam apanhados. "Se um golfinho estiver por perto nem se lança a rede porque este espanta a pesca."Praticada até às 12 milhas, sobretudo no Centro e no Norte, a pesca à sardinha é feita por 160 embarcações licenciadas. Destas, 130 - aquelas que estão agrupadas em associações - deverão receber a certificação, o que significa 95 por cento do total das capturas.Para conseguir o certificado basta concluir um plano de gestão para tempos mais difíceis, isto é, quando o recurso for mais escasso, o que não acontece desde finais dos anos 90. "Já provámos, há dez anos, que conseguíamos gerir um baixo recurso e sobreviver sem pôr em causa a pesca nos anos seguintes", diz Humberto Jorge.Resta saber se a certificação encare-cerá o produto - mas isso já não depende dos pescadores. "Nós certificámos a pescaria, mas todo o restante circuito de comercialização, se o quiser, tem de pedir a certificação da restante cadeia, algo que só interessa conforme os mercados a que os produtos se destinam", adianta.
Lançado o Ano Internacional da Diversidade Biológica 201004.10.2009PÚBLICO
As Nações Unidas lançaram anteontem em Montreal uma campanha mundial de sensibilização para a salvaguarda da biodiversidade, dando início às comemorações do Ano Internacional da Diversidade Biológica 2010, declarado pela Assembleia-geral da ONU.
De acordo com um comunicado da ONU, a campanha pretende “celebrar a diversidade da vida na Terra e contrariar a perda da biodiversidade no mundo”. Na verdade, o ritmo de extinções é “alarmante”, ou seja, mil vezes o ritmo que seria natural, estima a ONU. “Esta perda é causada pelas actividades humanas e estima-se que seja agravada pelas alterações climáticas”.O tema da campanha - “A biodiversidade é a vida. A biodiversidade é a nossa vida” – sublinha o “papel crucial da natureza no apoio à vida na Terra, incluindo a nossa”.“A protecção da biodiversidade é uma preocupação planetária que necessita de uma acção à escala local”, comentou Jim Prentice, ministro canadiano do Ambiente, presente na cerimónia. Participaram ainda no evento o autarca de Montreal, Gerald Tremblay e a ministra do Desenvolvimento Sustentável, Ambiente e Parques do Quebeque, Line Beauchamp.“O ano 2010 será um ano de mobilização internacional em relação a este desafio global, que nos irá permitir ir mais longe nas nossas acções”, declarou Gerald Tremblay. No âmbito desta iniciativa, a cidade de Montreal criou um Centro de Investigação sobre a Biodiversidade, no Jardim Botânico, e um parque natural de 23 hectares no Monte Royal.O Ano Internacional da Diversidade Biológica será inaugurado com eventos no Brasil e na Alemanha. Em Janeiro, a Unesco lançará uma exposição internacional, em Paris.A Assembleia-geral da ONU de 20 de Setembro de 2010 será um evento crucial que preparará a Cimeira da Biodiversidade de Nagoya, em Outubro de 2010, onde os governos definirão os objectivos e etapas para contrariar a perda da biodiversidade.O ano terminará em Kanazawa, no Japão, em Dezembro de 2010 com uma cerimónia que marca o início do Ano Internacional das Florestas 2011.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Respirando!

Este video é um dos meus favoritos...coloquem o som um nivel mais alto do que é costume para "sentirem" verdadeiramente o Respirar.